For Darkness Shows The Stars,
Diana Peterfreund.
Eu sou daquelas que torce
o nariz quando um clássico querido é usado como base para uma customização
envolvendo seres sobrenaturais ou coisas do gênero. Apesar de nesse caso o clássico
ser usado como inspiração para uma distopia, o sentimento ainda é similar.
Mas sou fã da autora
(Diana querida, amo você para sempre depois de Sociedade Secreta!) e minha
confiança que ela faria algo diferente sem deixar a qualidade cair me levou a
compra o livro.
E, claro, ela não me
desapontou. YES, esse livro é ÓTEMOOO!
A sociedade criada pela
Diana envolve tecnologia. A história
que permeia a sociedade é a de que há muito tempo atrás o homem tentou
experimentos além de suas possibilidades, tentou ser o próprio Deus. A
tentativa, claro, deu errado e o homem passou a carregar esse erro. E a prova
disso são os chamados ‘reduzidos’,
que são seres humanos cheios de limitações principalmente intelectuais que ou
vivem sob a proteção dos Lúdicos ou vivem livres, mas com dificuldades. Os Ludistas*
estão no ápice dessa sociedade e são os responsáveis por – através do protocolo
– manter a sociedade longe de tentativas como as que levaram a existências dos
Reduzidos.
Entre os Ludista e os
Reduzidos estão os Posts que são livres e apesar de se originarem de reduzidos
não possuem as limitações destes. Os posts são modernos em comparação aos
conservadores Ludistas e por partes destes ainda enfrentam grande resistência e
preconceitos.
‘For
Darkness Shows the Stars’ traz como protagonista Elliot North,
uma Ludistas com ideias bastante avançadas, mas oprimidas pelo pai e pela irmã,
Ludistas conservadores que vivem de aparência. (sentiu o Persuasão não?) Elliot é apaixonada pelo ‘estado’** da
família e trabalha com muita dificuldade para mantê-lo assim como para ajudar
os reduzidos que ali vivem. Quando uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro
surge ela faz de tudo para convencer o pai orgulhoso a aceitar a vinda dos
Posts que pretendem alugar o estado do seu avô para a construção de um navio.
O que Elliot não espera é
que junto com esses Posts chegue também Kai – agora Capitão Malakai Wentforth – um amigo de
infância por quem Elliot acabou se apaixonando e magoando também.
Elliot tentará deixar o
passado para trás e fazer o melhor para que os Posts se sintam bem-vindos ao
mesmo tempo em que terá que lidar com difíceis descobertas que mudarão para sempre
a vida que ela até então conhecia.
GENTE! O livro é viciante
e eu amei tanto que ficaria falando horas com vocês. O distópico da Diana
Peterfreund conseguiu o que é de se esperar de qualquer distópico – que o
leitor mergulhe no mundo criado e acredite em tudo o que é descrito... E eu
fiquei completamente envolvida.
Além da sociedade
fascinante fiquei encantada com a relação entre Elliot e Kai. A tensão, as
cartas... TUDO! A amizade entre eles e a Ro também é incrível.
FOI TUDO INCRÍVEL GENTE!
=)
Vale ressaltar que apesar
de ser uma série esse livro tem um final satisfatório, fechadinho mesmo. Então
gostando ou não de série, leia!
*
Lembra daquela manifestação onde quebravam máquinas? Pois é..
** Estados
é uma espécie de fazenda, digamos assim...