quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Distopia e Jane Austen.


For Darkness Shows The Stars, Diana Peterfreund.


 Eu sou daquelas que torce o nariz quando um clássico querido é usado como base para uma customização envolvendo seres sobrenaturais ou coisas do gênero. Apesar de nesse caso o clássico ser usado como inspiração para uma distopia, o sentimento ainda é similar.

Mas sou fã da autora (Diana querida, amo você para sempre depois de Sociedade Secreta!) e minha confiança que ela faria algo diferente sem deixar a qualidade cair me levou a compra o livro.

E, claro, ela não me desapontou. YES, esse livro é ÓTEMOOO!
 A sociedade criada pela Diana envolve tecnologia. A história que permeia a sociedade é a de que há muito tempo atrás o homem tentou experimentos além de suas possibilidades, tentou ser o próprio Deus. A tentativa, claro, deu errado e o homem passou a carregar esse erro. E a prova disso são os chamados ‘reduzidos’, que são seres humanos cheios de limitações principalmente intelectuais que ou vivem sob a proteção dos Lúdicos ou vivem livres, mas com dificuldades. Os Ludistas* estão no ápice dessa sociedade e são os responsáveis por – através do protocolo – manter a sociedade longe de tentativas como as que levaram a existências dos Reduzidos.

Entre os Ludista e os Reduzidos estão os Posts que são livres e apesar de se originarem de reduzidos não possuem as limitações destes. Os posts são modernos em comparação aos conservadores Ludistas e por partes destes ainda enfrentam grande resistência e preconceitos.
 ‘For Darkness Shows the Stars’ traz como protagonista Elliot North, uma Ludistas com ideias bastante avançadas, mas oprimidas pelo pai e pela irmã, Ludistas conservadores que vivem de aparência. (sentiu o Persuasão não?) Elliot é apaixonada pelo ‘estado’** da família e trabalha com muita dificuldade para mantê-lo assim como para ajudar os reduzidos que ali vivem. Quando uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro surge ela faz de tudo para convencer o pai orgulhoso a aceitar a vinda dos Posts que pretendem alugar o estado do seu avô para a construção de um navio.

O que Elliot não espera é que junto com esses Posts chegue também Kai – agora Capitão Malakai Wentforth – um amigo de infância por quem Elliot acabou se apaixonando e magoando também. 

Elliot tentará deixar o passado para trás e fazer o melhor para que os Posts se sintam bem-vindos ao mesmo tempo em que terá que lidar com difíceis descobertas que mudarão para sempre a vida que ela até então conhecia.

GENTE! O livro é viciante e eu amei tanto que ficaria falando horas com vocês. O distópico da Diana Peterfreund conseguiu o que é de se esperar de qualquer distópico – que o leitor mergulhe no mundo criado e acredite em tudo o que é descrito... E eu fiquei completamente envolvida.

Além da sociedade fascinante fiquei encantada com a relação entre Elliot e Kai. A tensão, as cartas... TUDO! A amizade entre eles e a Ro também é incrível.

FOI TUDO INCRÍVEL GENTE! =)

Vale ressaltar que apesar de ser uma série esse livro tem um final satisfatório, fechadinho mesmo. Então gostando ou não de série, leia!

* Lembra daquela manifestação onde quebravam máquinas? Pois é..
** Estados é uma espécie de fazenda, digamos assim...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dare You To ( Pushing the Limits #2) - Katie McGarry


‘Dare You To’ é o companion book do livro ‘Pushing the Limits’ da autora Katie McGarry. O livro traz como protagonistas, Beth Risk, uma das integrantes do grupo de amigos de Pushing the Limits, formado por Noah e Isaiah. Sim, aquela garota carrancuda, mal encarada e cheia de problemas.

Beth tenta sempre protege sua mãe a todo custo e as coisas vão bem até que ela precisa assumir uma culpa por algo que não cometeu para evitar que sua mãe vá presa. Beth acaba sendo obrigada pelo tio a escolher entre manter sua mãe em liberdade ou deixar o passado para trás (o que além de se afastar da mãe inclui também se afastar dos amigos Noah e Isaiah) e se mudar para a casa do tio.

Viver com um tio que não a ajudou quando ela mais precisava, ter que ir para o colégio com pessoas que não tem nada em comum e viver longe da mãe e dos amigos são alguns dos problemas que Beth terá que enfrentar. Junto a isso um desafio leva Ryan Stone, garoto perfeitinho e bem longe de ser o tipo de cara com quem Beth costuma sair, a entrar no caminho de Beth e contribuir com a sua já bagunçada vida.

Fato incontestável: Gostei muito mais de ‘Dare You To’ do que ‘Pushing The Limits’. A história foi bem mais fluida e natural do que no primeiro livro, além disso, amei os protagonistas e a química entre eles. Fiquei naquela ânsia de saber como a história ia terminar. Ah, e o drama que tanto me  incomodou em ‘Pushing The Limiths’, foi na medida certa nesse aqui. A escrita da Katie está ainda melhor também.

O curioso nesse livro são os papéis investidos em algumas situações. Quem sobe a janela do quarto é a Beth e quem é o mais sentimental e se preocupa com a honra é o Ryan. E, gente, não tem como não amar essa inversão. Foi um ponto a mais na história.

Em suma, tudo o que eu gostaria que acontecesse no companion de 'Pushing The Limits' aconteceu e eu não poderia está mais satisfeita.

Agora é esperar pelo livro do Isaiah, que pelo jeito promete ser ainda melhor. ‘Crash Into You’, estou lhe aguardando!

*ebook recebido pelo netgally

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Abby McDonald e seus livros da madrugada....

Boys, Bears and a serious pair of Hiking Boots - Abby McDonald

‘Boys, Bears and a serious pair of Hiking Boots’, assim como o primeiro livro que li da Abby, foi VICIANTE. Não vi o tempo passar e a leitura correu madrugada dentro... Não me preocupei nem mesmo com aula dali a algumas horas.

O livro tem de tudo um pouco, o que junto a contagiante narração da Abby foi a combinação perfeita para um YA!

A receita foi: Protagonista carismática, garotos, viagem de verão, Ursos, recém-chegada, segredos, Botas e a causa ecológica. Junto a isso ainda temos os clichês do bem, aqueles que o leitor não abusa e sempre gosta de encontrar nas histórias.

O que eu adorei ainda mais em Boys and Bears (não dar para repetir o nome minha gente!) foi que a história da Jenna deixa para o leitor algo a se pensar. E Parafraseando o eterno divo CAZUZA com sua máxima ‘suas ideias não correspondem aos fatos’, pelos menos para minha pessoa o que ficou foi um questionamento sobre a hipocrisia humana... Que nem sempre faz o que prega. Triste isso.

Ou talvez eu não deva ler na madruga...

O que importa é: Jenna e sua história são uma boa pedida para aqueles que curtem um bom YA. Eu adorei e quero mais da Abby, inclusive seus romances adultos. Como não querer hum?


sábado, 9 de fevereiro de 2013

LONGE de ser apenas um companion...

The piper’s Son, Melina Marchetta


  
Piper’s conta a história do incrível Thomas de Saving Francesca - sim, ele com certeza foi um dos meus personagens preferidos de SV. Então, claro, vibrei quando soube que o companion seria sobre a história dele.

O Tom é de longe aquele cara divertidíssimo que conhecemos em SV. Ele vem passando por uma fase bastante difícil, fase que se desencadeou com a morte do seu tio Joe. Aliás, a trágica morte de Joe mexeu com a família inteira. A família dele está literalmente em pedaços.

Depois de um tempo longe de casa Tom está de volta e disposto a tentar recomeçar e talvez conseguir um pouco do que ele foi no passado. Quem o acolhe é sua tia Gerogie, quem surpreendentemente ganha espaço na história dividindo a narração com o Tom.

Então junto a Georgie e o Tom vamos acompanhar a história da família Mackee e suas tentativas de fazer o certo e encontrar assim a felicidade.

  
Já esperava uma ótima história por isso o que mais me surpreendeu mesmo foi a narração dupla. O livro foi ainda mais movimentado e diversificado, afinal são dois mundos diferentes, o adulto e o jovem adulto.

A história da Georgie é incrível e angustiante. A Tom é igualmente aflita, mas aliada a essa sensação vem a de familiaridade com os personagens que vão voltando ao convívio do Thomas. Isso só pode significar: Uma espiadinha em Francesca e Companhia. Vamos descobrir o que aconteceu com Francesca desde seu ‘Saving’ e saber como se desenrolou aquelas faíscas entre o Thomas e a Tara. Além de todo o resto da turma



Quer mais incentivos do que esses?

Ótimo livro!

Que venham mais contemporâneos by Marchetta.

E como foi a história do Primogênito dos Sullivans? {CONTEÚDO ADULTO}

Por um Momento Apenas, Bella Andre

 Minha esperança ao ler o livro seguinte de uma série – ainda que as histórias sejam independentes, como é o caso de ‘Por um Momento Apenas’ – é sempre de poder ler algo melhor. O segundo livro dos irmãos sullivans não foi melhor. Também não foi ruim. Foi na verdade bastante semelhante ao primeiro livro.

Não cheguei a ficar decepcionada. O estilo de ‘Por um Momento Apenas’ é o de uma fórmula semelhante aos livros desse gênero. É como diz a famosa expressão: um pouco mais do mesmo. Somente confortável para aqueles que gostam do estilo ou como eu... Só leem por ser uma leitura rápida e despretensiosa.
 Comparando os dois livros – o que é praticamente impossível não fazer – A questão tempo que não me agradou em ‘Um Olhar de Amor’ foi desenvolvido de uma forma bem melhor em ‘Por Um Momento Apenas’. O romance foi mais trabalhado no segundo livro. Já com relação aos personagens, prefiro os protagonistas do primeiro livro. Não gostei do Marcus. Minha xará até que era legal, mas ainda assim não simpatizei completamente. Em suma, os pontos negativos e positivos de ambos os lados acabaram se equilibrando.

Agora algo que adoro na série criada pela Bella Andre é o relacionamento familiar dos Sullivans. Sempre me divirto quando eles se encontram.

E, claro, adoro conferir o último capítulo e senti o gostinho que ele deixa para o próximo livro. O terceiro é o do Gabe, o bombeiro da família. Pelo que eu pude ver dele em ‘Por Um Momento Apenas’ vem por ai um Sullivan no mínimo ‘não gosto de compromisso’. Vamos esperar...


*Livro recebido para resenha